Falta que sinto,aperta e sufoca ...
O que displicente julgo ser eu...
Falta do que sempre quis e nunca foi meu...
Tantas conquistas inúteis,tantas perdas sem sentido...
A imensa confusão da felicidade...
Descoberta em bréchas escondidas...
Embaixo de molduras um tanto estranhas...
Porém aparentemente bonitas...
O que arranha hoje a garganta...
Engulo em seco na dúvida do futuro...
Peças do meu passado...
Histórias sem finais...
Músicas estourando em meus ouvidos...
De quem eu gosto?De quem eu sou?
Aquele muro já é alto demais para mim...
E do que ele me separa?Volte ou corra...
Já não á mais tempo...já não existe um começo...
Suficiente...entregue-se agora...
A luta de todos os dias...
Escolher uma forma de sobreviver...
De respirar e não se encolher...
Sem seringas com remédios poderosos...
Fraca e consumida por informações...
Dores irreversivéis...Me estico ao maximo...
Uma dose...Uma noite...Sem manhã...
Dois corpos se encharcando mútuos...
Banhados por paixão e eternidade!
Uma mistura de céu e inferno...
Os dentes que se afiam no pescoço sedutor...
As mãos entrelaçadas em fios de cabelos molhados...
O mais puro amor...
Apenas a última dose...a última...
Que seja mortal!!!
Me iluda dessa dor e me faça durmir...
Para sempre...
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