Transparentes, finos, cortando rente a pele...
Manchando o chão de vermelho...
Não molhava o rosto, mas doía...
E foi tão passageiro quanto veio...
Como um raio reflete na escuridão e some...
Talvez a paixão volte, mas não sei se pertenço...
Ainda a teu mundo cheio de teias complicadas...
Sobrevivi em teu ninho o tempo que consegui...
Respirar com força todos os dias...
Gostava tanto daquele vermelho...
Pensava ser vida...Era apenas sangue...
Me livrando das amarras, das linhas...
Estava saindo quando me deparei com teu sorriso
sedutor...
Chamando para voltar ao meu lugar...
Como estatua de cera, pronta para servir como
diversão...
NÃO! Venha até mim, olhe fixamente e entenda...
Passou, se foi, acabou já não queima mais minha pele...
Não me prende a atenção, volte sozinho...
Eu merecia muito mais do que tive...
Sabendo disso,
fique com suas ilusões de garoto...
Eu preciso mais, muito mais que migalhas...
Mais que respingos de vinho, se procuro alguém que
me sirva...
Uma taça, um gole completo...
Vindo de sua boca, finalmente molhando meu coração!
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